Conheça os procedimentos para retomada segura de clínicas e consultórios
Com a retomada do atendimento nas clínicas e consultórios, novos procedimentos devem ser tomados para seguir os protocolos determinados em relação à Covid-19. “É fundamental que as unidades de saúde se organizem para que os pacientes com suspeita da Covid-19 não se encontrem com os pacientes com outros tipos de demanda. E, para isso, além de cumprir os protocolos sanitários, será necessário organizar os fluxos de atendimento, triagem dos pacientes e organização do horário de atendimento”, orienta o médico Thiago Dourado, sócio gestor da IMA (Infectologia Multidisciplinar Aplicada) - empresa que presta consultoria e treinamento para a melhoria dos protocolos de segurança biológica.
De acordo com ele, embora as autoridades sanitárias tenham desenvolvido protocolos importantes para a reabertura segura das atividades, cada unidade tem uma realidade, com público, operações e riscos diferentes. Mas todas necessitam se adequar. Em Salvador, a prefeitura elaborou e divulgou um conjunto de medidas que devem ser adotadas. Fique atento! Dentre as as principais medidas, se destacam:
• Seguir todas as determinações do protocolo geral, no que couber;
• No agendamento da consulta, o paciente deverá informar se apresentou algum sintoma sugestivo de Covid-19 nos últimos 14 dias ou se manteve contato com pessoas identificadas ou suspeitas de estarem infectadas com a doença. Em caso afirmativo a uma destas, o atendimento deverá ser adiado por 14 dias para as especialidades médicas e odontológicas, desde que não seja situação de emergência;
• Durante o atendimento os profissionais devem utilizar todos os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) adequados para cada situação, e o paciente deve fazer uso de máscara, assim como seu acompanhante, quando for necessária a presença deste;
• Os membros da equipe devem retirar todos os adereços, como anéis, pulseiras, cordões, brincos e relógios para atender os pacientes;
• Para evitar o risco de contaminação cruzada, retirar todos os itens fáceis de tocar, como revistas, jornais, tablets, folhetos ou catálogos de informações;
• Não poderá haver a oferta de degustação de produtos aos consumidores (como café, doces, balas e/ou biscoitos).
Mas, segundo os gestores médicos, além destas normas, será necessário que as unidades de saúde adotem alguns processos que visem proporcionar mais tranquilidade e segurança aos pacientes.
O Centro Médico Cardio Pulmonar é um dos exemplos de unidade que adotou diversas medidas protetivas para garantir o máximo de segurança para pacientes e equipe profissional. “São mudanças com o objetivo de agilizar o atendimento e, ao mesmo tempo, reduzir a permanência nas dependências do Centro Médico”, explica o médico Allan Rêgo, gestor da unidade.
Além de cumprir os protocolos básicos de higienização, triagem dos pacientes, espaçamento nos assentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para a equipe, o Centro Médico Cardio Pulmonar implantou outras medidas de segurança:
• Criação de uma ala específica para os pacientes sintomáticos respiratórios;
• Diminuição das visitas de representantes da indústria farmacêutica, que agora passam a ser virtuais, sempre que possível;
• Realocação de profissionais, com agendas mais cheias para recepções mais vazias, para equilibrar o movimento em cada andar;
• Médicos e equipe respondem a um questionário pela web e, se testar positivo para qualquer sintoma, um e-mail é enviado para o setor de Medicina do Trabalho para que o profissional seja devidamente abordado;
• Campanha para desestimular a ida de acompanhantes. “Quem puder vir sozinho é melhor, assim ajuda a reduzir o fluxo nas dependências da unidade. E se tiver que vir acompanhado, deve ser apenas com uma pessoa”, orienta o gestor;
• Criação de um pré-cadastro enviado aos pacientes antes da realização de exames, e o envio dos documentos, tanto pelos pacientes quanto para as operadoras de saúde, agora são virtuais, assim como o laudo de quase 100% dos exames, que passaram a ser enviados pela web.
Dr. Allan destaca que, a partir de agora, o fluxo nas unidades de saúde será diferente, e possivelmente menor em função da própria pandemia, que gera receio a quem precisa procurar atendimento, e isso vai exigir muito mais empenho no que diz respeito à segurança. “Cada vez mais as instituições terão que estar com protocolos de segurança bem desenhados e rotinas bem estabelecidas”, reforça.
Para saber mais sobre os procedimentos divulgados pela Prefeitura de Salvador clique aqui
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