Dezembro Laranja: cuidados contra o câncer de pele

A campanha do Dezembro Laranja, dedicada à prevenção e tratamento do câncer de pele, é mais que necessária: a doença oncológica tem o maior número de diagnósticos no mundo. No Brasil, ela representa 33% dos casos,  com cerca de 180 mil novas ocorrências por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Já na Bahia, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), somente em 2017 foram internadas 1.228 pessoas com a doença.

O cirurgião oncológico Robson Moura explica que isso acontece por conta da desinformação em relação ao maior causador deste tipo de câncer: a exposição aos raios solares. “Existem diversos fatores que podem causar câncer de pele, como exposição à radiação, à exemplo de raio-x e radioterapia. Contudo, os raios ultravioletas UVA e UVA, ou seja, exposição ao sol são bastante nocivos”, alerta.

A configuração da pele de cada indivíduo também pode ser um fator determinante, principalmente para conhecer o grau de proteção necessário. Pessoas negras possuem maior produção de melanina, pigmento que oferece mais proteção contra os raios solares, enquanto brancas e albinas necessitam de cuidado redobrado, já que o pigmento é menos presente na pele.

Segundo Dr. Robson, o câncer de pele pode ser dividido em três tipos:

• Carcinoma basocelular - responsável por aproximadamente 80% dos casos de câncer de pele, é o tipo menos grave. Geralmente aparece como uma mancha rosa na pele, que cresce lentamente;

• Carcinoma espinocelular - representa aproximadamente 15% dos casos. Surge com mais frequência em homens, tem a forma de uma ferida que cresce rapidamente e forma uma espécie de casca.

• Melanoma maligno: mais raro, com aproximadamente 5% dos casos, é a forma mais grave do câncer de pele. Geralmente aparece como uma manchinha preta, que se deforma com o passar do tempo. Pode ser fatal se não identificado precocemente e atingir outros órgãos.

 

 

Prevenção e tratamento

A melhor forma de prevenção do câncer de pele é a mesma do melasma: usar protetor solar, além de barreiras físicas, como chapéus e bonés. Dr. Robson lembra que regiões do corpo mais expostas ao sol, como pescoço, rosto, braços e mãos são mais suscetíveis ao aparecimento da doença.

 

 

“O principal fator protetor é a diminuição máxima possível da exposição aos raios solares. Como ninguém vai ficar preso em casa ou só sair pela noite, quando os raios ultravioletas chegam a quase zero, temos que usar os meios possíveis de proteção”, orienta o médico.

“Quando uma pessoa identifica uma ferida que não cicatriza há 30 ou 40 dias, é necessário que procure um médico com urgência. Claro que nem toda ferida é um câncer de pele, mas quanto mais rápido for a identificação, melhor o tratamento”, completa.

Após a ida ao médico, será feita uma biópsia, retirando tecidos da lesão. Caso seja confirmado que se trata de um câncer de pele, o único e melhor tratamento é a cirurgia, com remoção total da lesão.