Sintomas, causas e como prevenir o cálculo renal (pedra nos rins)

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estima-se que uma em cada 10 pessoas no Brasil sofra de cálculo renal (pedra nos rins), problema mais frequente em homens, e bastante comum em adultos jovens, entre os 20 e 35 anos, ou seja, uma fase produtiva da vida. Ainda de acordo com a SBU, metade destas pessoas podem voltar a ter um novo episódio de cálculo ao longo dos 10 anos seguintes, e por isso o tratamento e a prevenção são muitos importantes. “Calculo renal é uma patologia com alto grau de recidiva. O objetivo do tratamento é inibir seu crescimento e prevenir a formação de novos cálculos. É importante estudar os fatores de risco para evitar nova agressão aos rins e complicações que podem acabar em hemodiálise”, explica o urologista Manoel Juncal.

Cálculo renal, ou nefrolitíase, ou urolitíase são os termos médicos para designar as pedras endurecidas que se formam nos rins ou nas vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. “O calculo é o resultado da filtração das impurezas que circulam na corrente sanguínea, produzindo a urina”, esclarece o urologista.

Os rins são duas glândulas de cor vermelho-escuro, em forma de feijão, localizadas na região lombar (costas). São os órgãos responsáveis por filtrar e excretar os dejetos presentes no sangue.

 

Prevenção

Boa parte da prevenção está associada à adoção de hábitos saudáveis, como:

Beber de dois a três litros de água por dia

• Diminuir o consumo de sal

Fazer atividade física

• Perder peso

• Diminuir o consumo de proteína animal, como carnes, especialmente as vermelhas, miúdos e mariscos

• Aumentar a ingestão de sucos cítricos naturais (como o de limão)

 

 

 

 

As causas mais frequentes do cálculo renal:

• Predisposição genética
• Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais
Sedentarismo
Obesidade
Dieta rica em proteínas e em sal
• Baixa ingestão de líquidos
• Alterações anatômicas
• Obstrução das vias urinárias
• Hiperparatireodismo (transtorno hormonal relacionado ao metabolismo do cálcio)
• Imobilização prolongada
• Presença de doenças inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn

 

Sintomas

Em alguns poucos casos, pode não haver sintomas e até pouca dor durante a passagem da pedra pelo ureter (canal que leva a urina do rim para a bexiga). Porém, a maioria apresenta estes sintomas:

• Dor muito forte, tipo cólica: com pico de dor intensa seguido de alívio, que começa nas costas e irradia para o abdômen em direção à virilha

• Náuseas e vômitos

• Sangue na urina

• Suspensão ou diminuição do fluxo urinário

• Necessidade de urinar com mais frequência

• Infecções urinárias

 

 

 

 

Dr. Juncal alerta que em gestantes, a cólica renal é resultado de uma dilatação fisiológica dos ureteres, por isso é preciso ter cuidados especiais com os sintomas "podem ser confundidos com a dor lombar e abdominal decorrente da sobrecarga ortopédica, muscular e do peso uterino”, explica.

 

Tratamento

O tratamento pode ser clínico, com medicamentos para o controle da dor e para auxiliar na eliminação espontânea do cálculo (menor que 0,5 cm). “O tratamento não especifico para 100% dos pacientes consiste simplesmente na maior ingestão de líquidos para aumentar a saída de urina, com uma diurese superior a dois litros, reduzindo a concentração das substancias envolvidas na formação de cálculos, esclarece o urologista.

Quando o cálculo não é expelido espontaneamente podem ser necessários outros procedimentos, como bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à fragmentação do cálculo, o que torna sua eliminação pela urina mais fácil (litotripsia); ou cirurgia (endoscópica ou ureteroscopia)  para retirar o cálculo dos rins ou do ureter após sua fragmentação. 

 

Recomendações

Em caso de dores intensas nas costas ou no abdômen, e sinais de sangue na urina, tem que procurar atendimento médico, e usar apenas medicamentos prescritos pelo médico. “Nenhum tratamento fitoterápico apresentado nas redes sociais tem
evidência científica. Tratamento especifico deve ser prescrito pelo urologista ou nefrologista, e é fundamental a análise do calculo ou o diagnóstico laboratorial para o tratamento dietético e farmacológico”, alerta o urologista.

 

Leia também:

Esteatose hepática e os riscos para a saúde

Síndrome do Intestino Irritável

Sofre com prisão de ventre? 

Gastrite nervosa

Cuide a alimentação e evite riscos para várias doenças