As altas temperaturas representam um inimigo para a circulação sanguínea. Com o excesso de calor, as veias do corpo se dilatam, podendo causar inchaço, formigamento, sensação de peso e dor nas pernas e nos pés. Além disso, com o impacto na circulação sanguínea pode haver aumento da pressão arterial, o que é sempre perigoso para o coração, sem falar que reflete nos rins e no intestino.

Ou seja, os dias muito quentes exigem cuidados redobrados especialmente com a hidratação e a alimentação, e é sobre isso que vamos tratar a seguir, com a consultoria da nutricionista Dayane Xavier.

 

Hidratação

A hidratação deve ser uma prioridade sempre, mas especialmente nos dias muitos quentes. As altas temperaturas favorecem a perda hídrica por meio do suor. Dessa forma, a reposição de água deve ser constante. O recomendado são, pelo menos, 3 litros por dia.

Aumente o consumo de água, sucos naturais e água de coco. Não espere sentir sede.

A falta de hidratação impacta nos rins, que não conseguem trabalhar e eliminar metabólitos como deveriam, dificultando, assim, a regulação da temperatura corporal.

Sem a correta hidratação a pressão arterial tende a aumentar, fazendo coração se esforçar mais.

A desidratação deixa a digestão mais difícil e o trânsito intestinal fica mais lento.

Dicas importantes:

• Além de se hidratar bastante é recomendado diminuir o consumo de sal e açúcar que tendem a acumular líquido nas células, favorecendo o inchaço no corpo;

• Opte por alimentos leves, de fácil digestão, ricos em vitaminas, minerais, fibras e água;

• Evite bebidas alcóolicas açucaradas ou com cafeína, pois contribuem para a desidratação.

• Os sucos naturais são fortes aliados da diurese e ajudam no combate à retenção de líquidos, auxiliando a eliminação do inchaço.

 

Além da hidratação, é preciso cuidar da alimentação

• Evite excesso de sal, frituras, alimentos gordurosos, queijos amarelos e pratos à base de creme de leite e maionese;

• Evite feijoadas e outros pratos “pesados”, de difícil digestão. Também pegue leve com preparações muito condimentadas;

• Modere na combinação de massa e carne vermelha na mesma refeição. É uma dupla barra pesada quando se trata de digestão.

 

Por outro lado, veja o que está liberado:

Os alimentos que devem ser privilegiados são os refrescantes, leves e de fácil digestão:

• Frutas com alto teor de água (melancia, melão, abacaxi, caju, maracujá, uva e laranja);

• Saladas cruas com vegetais variados (alface, acelga, agrião, espinafre, beterraba, cenoura, pepino e tomate);

• Carne, com pouca ou nenhuma gordura, como frango e peixes;

• Dê preferência aos sorvetes e picolés de frutas;

• Se tem o hábito de se expor ao sol, na praia ou na piscina, aumente a ingestão de alimentos fonte de selênio e vitamina E, tipo:oleaginosas (amendoim, castanhas, amêndoas, nozes), gérmen de trigo e semente de girassol. 

 

Os cuidados também servem para as crianças.

As crianças devem beber muitos líquidos, principalmente água, e precisam ser estimuladas a ter uma garrafinha de água para facilitar e aumentar a hidratação.

Também é preciso aumentar na criança o consumo de alimentos leves e refrescantes, além de frutas, legumes e verduras. Evite dar a elas alimentos gordurosos, fast-food, frituras e bebidas industrializadas ou muito açucaradas.

 

Cuidado com esforços físicos e exposição solar

Para ajudar na prevenção de inchaço, formigamento e outros problemas causados pelo calor intenso, é importante fazer atividade física regularmente e não ficar muito tempo sentado.

Porém, em dias muito quentes é preciso evitar fazer atividade física ao ar livre entre 10h e 16h, e evitar exercícios que exigem muito esforço físico. Também evite se exercitar em locais sem ventilação adequada.

Se sentir algum desconforto durante a prática da atividade física, como sensação de desmaio, fraqueza, arritmia, forte dor de cabeça, tontura, ou outros sintomas que causem preocupação, pare imediatamente, procura um lugar para sentar, acalme a respiração, beba água, e até se deite, se achar que precisa, mas com a perna elevada.  Se os sintomas não melhorarem, peça ajuda e vá para uma emergência médica. Se for uma situação recorrente, mesmo que não seja frequente, tem que ir no médico investigar.

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