O combate é o que menos importa

Na definição técnica, artes marciais são práticas físicas e mentais, derivadas de táticas de guerra, divididas em diferentes graus, e que tem como objetivo desenvolver, em seus praticantes, estratégias de defesa e ataque, estimulando não o combate, mas a autodefesa.

Mas, na prática, o conceito dessa atividade vai muito além disso, e representa benefícios comportamentais que influenciam na qualidade de vida, em todos os aspectos.

Além de proporcionar excelente preparo físico, dar mais mobilidade e elasticidade, a prática de artes marciais ensina, dentre outras coisas, a trabalhar o respeito ao próximo, a disciplina, a maturidade, a não violência, e é uma considerada uma ótima atividade contra o estresse.

O radiologista José Rocha Filho pratica desde os cinco anos de idade, quando começou no judô. Mas, há 23 anos resolveu mudar para o jiu-jitsu, modalidade que pratica até hoje. Ele explica que, quando começou a praticar arte marcial, as pessoas ainda buscavam a atividade apenas com o objetivo de aprender defesa pessoal, mas, segundo ele, o que menos importa é o combate. “O mais importante não é a luta, mas o aprendizado. E isso me ajuda muito no meu dia a dia. O karatê me trouxe maturidade, segurança diante de situações difíceis, e aumentou tremendamente minha capacidade de concentração e o meu tato fino, o que me ajuda muito na minha profissão. Eu não seria o homem que eu sou sem o karatê”, afirmou.

 

Nunca é tarde para começar

Para quem deseja começar uma arte marcial, é fundamental encontrar uma academia que seja reconhecida pelas boas práticas, e que tenha professores graduados e certificados. 

Os adeptos das artes marciais concordam que não existe, por exemplo, a mais difícil, todos podem praticar qualquer uma, e todas têm um grau de aprendizado em vários níveis e etapas.

 

 

Dicas

O jiu-jitsu, por estar em constante evolução, ter variação de golpes e movimentos, e o Karatê, por exigir bastante atenção e perspicácia, são considerados difíceis por algumas pessoas. Já o boxe e o muay-thai são as mais procuradas por mulheres, por trabalharem bastante a parte aeróbica, assim como o judô e o karatê, que dão ganho e firmeza muscular.

Embora todas sejam indicadas para autodefesa, José Rocha defende que no embate o jiu-jitsu já provou ser a mais eficaz. “A família Gracie mostrou isso para o mundo”.