Remédios manipulados: as vantagens e os cuidados ao mandar fazer
Medicamento manipulado é preparado de forma personalizada, por isso é importante que a prescrição seja segura e leve em consideração características individuais do paciente, assim como a confiabilidade da farmácia de manipulação
Medicamento manipulado, também conhecido como magistral, é aquele feito sob medida, pensado, avaliado e preparado individualmente, único e exclusivo para cada pessoa.
Aliás, o principal diferencial do medicamento manipulado está na personalização do produto:
Produção em doses adequadas, prescrito na quantidade e dosagem certa para o tratamento, o que evita sobras e desperdícios, além da segurança do rótulo personalizado individualmente, evitando troca ou consumo inadequado.
Pode ter variadas formas farmacêuticas para melhorar a adesão do paciente ao tratamento, como sachês, shakes, pirulitos, chocolates, soluções, etc. “Trata-se de uma manipulação individualizada e única, que procura minimizar reações adversas e atender determinadas restrições, como a isenção de produtos alergênicos, como lactose e corantes, além de ofertar formas farmacêuticas variadas”, explica a farmacêutica Anick Andrade Cunha, diretora técnica da farmácia de manipulação A Fórmula.
Além disso, os produtos manipulados obedecem as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias (BPMF), e atendem aos pré-requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dispõe sobre a qualidade e a segurança dos processos, da aquisição de matérias-primas, controle de equipamentos e infraestrutura, dentre muitos outros requisitos que garantem uma manipulação totalmente rastreável e segura.
Por que prescrever medicação manipulada
Embora os remédios manipulados possam atender diversas necessidades, seja curativa, paliativa e profilática, cabe ao profissional que vai indicar o medicamento (médico, nutricionista, farmacêutico, dentre outros) avaliar a necessidade da prescrição e optar por uma forma farmacêutica prática, confortável e fácil de usar. “Ao prescrever uma medicação manipulada devem ser avaliados vários pontos, como a necessidade farmacoterapêutica do paciente, se o paciente possui alguma restrição a adjuvantes farmacotécnicos, como corantes, conservantes e excipientes, também avaliar a facilidade ou dificuldade de adesão ao tratamento e, muitas vezes, avaliar até a rotina diária do paciente”, explica a farmacêutica.
E como escolher a farmácia de manipulação?
Ao mandar fazer o medicamento, é necessário procurar uma farmácia com credibilidade que possa garantir um tratamento seguro e, acima de tudo, eficaz. Anick alerta que, embora existam vários documentos que garantam a legalidade e a qualidade de um processo farmacêutico, alguns pontos são extremamente relevantes e devem ser priorizados ao escolher a farmácia, como a confiança depositada pelo profissional que prescreveu, a transparência nos processos, os bons resultados, a experiência com os clientes e, claro, um atendimento de excelência. “Outro aspecto muito importante é o acompanhamento do farmacêutico, que deve estar inserido em todo o processo que lhe compete, desde a hora que o paciente chega, até a hora que o paciente finaliza o seu tratamento”, reforça.
Ela alerta também que é muito importante a farmácia oferecer assistência farmacêutica aos clientes, suporte técnico e farmacotécnico aos profissionais que prescrevem os medicamentos, buscar inovações em técnicas de manipulação e insumos farmacêuticos e auxiliar em um atendimento especializado. “Na A Fórmula, por exemplo, todas as atividades técnicas e de qualidades são gerenciadas por profissionais farmacêuticos que estão em processo constante de atualização e reciclagem. Temos uma equipe altamente capacitada para a complexidade do processo de manipulação”, explica.
Formas variadas de preparo
São inúmeras as possibilidades de preparações farmacêuticas: para uso oral pode ser em cápsulas, sachês, shakes, pirulitos, chocolates, tabletes sublinguais, xaropes, gomas, dentre outras formas. Para uso tópico, pode ser em cremes, para todos os tipos de pele, e/ou para cada região do corpo, e também gel e loções.
A indicação para cada forma de medicamento precisa levar em consideração a segurança na administração do medicamento, o conforto para aumentar a adesão do paciente e a dificuldade que ele vai apresentar, por exemplo, no caso de idosos e crianças. Também é avaliado a praticidade no dia a dia do paciente, a melhor via de absorção aumentando a eficácia, dentre outros fatores. “Mas isso tudo, muitas vezes, vem da interação do farmacêutico com o prescritor, juntando a necessidade do paciente com a análise técnica de cada substância prescrita. Por isso, é muito importante a confiança entre a farmácia e o prescritor”, explica a farmacêutica Anick.
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