Amamentar ajuda a reduzir o risco de alguns tipos de câncer

A mulher que amamenta tem risco 22% menor comparado com o das mulheres que nunca amamentaram. O tempo somado de todos os filhos amamentados reduz ainda o risco de câncer de ovários e endométrio, assim como redução do risco de diabetes tipo 2.

 

Estudos já mostraram que o aleitamento materno ajuda a reduzir a chance de desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de mama. A mulher que amamenta tem risco 22% menor comparado com o das mulheres que nunca amamentaram. Além disso, o tempo somado de todos os filhos amamentados reduz ainda o risco de câncer de ovários e endométrio, assim como redução do risco de diabetes tipo 2.

De acordo com os estudos, as células dos ductos mamários, canais por onde o leite percorre, sofrem mutações e acabam ficando mais protegidos contra o surgimento de outras mudanças celulares que dão origem ao câncer de mama.

Além de fortalecer os vínculos afetivos entre mãe e filho, o aleitamento materno é uma das fases mais importantes da vida de uma criança, contribuindo para seu desenvolvimento saudável. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam que o bebê seja amamentado exclusivamente com leite materno até os seis meses de vida, e que o aleitamento seja mantido até os dois anos de idade, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos. Também são muitos os benefícios à saúde das mães. 

 

Benefícios para a criança

O aleitamento reduz em 14 vezes o risco de morte por diarreia e em 3,6 vezes o risco de morte infantil por doenças respiratórias. Estudo conduzido e iniciado na década de 1980 pelo epidemiologista César Victora - uma das referências mundiais no assunto -, mostra a importância do aleitamento, sem oferta de água, chás ou sucos, garantindo o uso exclusivo nos primeiros meses de vida e a repercussão na redução de mortalidade infantil no primeiro período da vida. Existe, ainda, associação com menores taxa de doenças metabólicas futuras, como diabetes e obesidade, além de maiores indicadores de níveis intelectuais até a vida adulta.

O colostro é o primeiro leite a ser produzido e a sua composição é ideal para o início da vida. Os macros e micronutrientes garantem não só a melhor digestão e nutrição, com altas concentrações de proteínas e baixas concentrações de lactose e gordura, como também imunoglobulinas, anticorpos e outras moléculas bioativas que têm ação imunomoduladoras e anti-inflamatórias, que ajudam a estimular e a desenvolver o sistema imune do bebê, protegendo contra diversas doenças.

  

Saiba mais: 

Fazer o pré-natal com o pediatra é muito importante

Pilates durante a gravidez: por que fazer