Na Bahia, além da pandemia da covid-19, existe o alerta também com a epidemia de dengue e chikungunya, doenças que tiveram aumento no número de casos, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Além das duas doenças, ainda tem a zika, que continua merecendo cuidados e atenção.

As três doenças são adquiridas e transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aaegypti, mais conhecido como mosquito da dengue. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), diariamente, na Bahia, 65 pessoas são infectadas por uma dessas três doenças.

No boletim divulgado pela Sesab, com dados do período de 29 de dezembro de 2019 a 23 de maio de 2020, foram registrados, em todo o estado, 49.863 casos suspeitos de dengue, 14.232 de chikungunya e 2.215 de zika.

Com exceção da zika, que houve redução no número de casos, estes números representam um aumento de mais de 540% nos casos de chikungunya e 12,5% na dengue. Uma das explicações está relacionada ao período das chuvas, que facilita o acúmulo de água parada.

 

Tarefa de todos

A única forma de evitar as três doenças é com o combate ao mosquito, por meio da eliminação dos criadouros que se acumulam em caixas, tonéis, barris de água, garrafas pets, pneus e até piscinas. Por esse motivo, a prevenção é tarefa de toda a população.

No caso da chikungunya, nos cinco primeiros meses de 2020 a Bahia registrou mais de 10 mil novos casos suspeitos em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a Sesab este número é maior do que o registrado em todo o ano de 2019. Os municípios que apresentaram a maior incidência de chikungunya foram Irecê, Feira de Santana, Mundo Novo e Cruz das Almas.

 

 

Perigos e Complicações

Dengue - a principal complicação é a desidratação grave, que ocorre sem a pessoa perceber. Por isso, é importante tomar bastante líquido quando for confirmado o diagnóstico.

Chikungunya - a principal complicação é o longo período de dores e inchaço nas articulações, às vezes impedindo as atividades do dia a dia.

Zika - as maiores complicações têm sido as manifestações neurológicas como paralisia facial e fraqueza nas pernas, a exemplo do desenvolvimento da Síndrome de Guillain-Barré

 

Sintomas

Dengue - Começa com febre alta, entre 39° e 40°C. Tem início repentino e geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira no corpo. Pode haver perda de peso, náuseas e vômitos.

Chikungunya -Febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e erupção na pele. Os sinais costumam durar de 3 a 10 dias.

Zika - O principal sintoma é a erupção na pele com coceira, febre baixa (ou ausência de febre), olhos vermelhos sem secreção ou coceira, dor nas articulações, dor nos músculos e dor de cabeça. Normalmente os sintomas desaparecem após 3 a 7 dias.

 

Tratamento

A primeira orientação é evitar a automedicação - os sintomas podem ser parecidos, mas o tratamento é diferente para cada doença. Por isso, é importante procurar uma unidade de saúde ao aparecer os sintomas.

 

Ações simples que podem acabar com focos do mosquito

• Mantenha bem tampados caixas, tonéis, barris de água.

• Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada

• Não jogue lixo em terrenos baldios

 

 

• Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo

• Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas

• Encha com areia os pratinhos ou vasos de planta

• Evite guardar pneus velhos, mas se for guardar, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos e protegidos da chuva

• Limpe as calhas com freqüência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água

• Lave com frequência, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana

• Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água dos vasos frequentemente

 

 

• Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas. No caso da piscina, deve ter cobertura quando não for utilizada por longo período

• Sempre que possível evite o cultivo de bromélias ou outras plantas que acumulem água em suas partes externas.

 

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab)

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