Doença pé-mão-boca: o que é, sintomas e tratamento

Doença viral contagiosa que atinge principalmente crianças pequenas, é transmita pelas fezes, saliva, alimentos ou objetos contaminados

 

A doença mão-pé-boca é uma doença viral, transmitida pelo vírus coxsackie, que normalmente fica no sistema digestivo. A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. “É importante manter o isolamento da criança para evitar a disseminação do vírus, ficar de olho na hidratação e, se diminuir muito o xixi, deve levar na emergência para ver se há necessidade de hidratação venosa”, orienta a gastropediatra e nutróloga infantil, Dra. Katia Baptista Falcão. Também é importante lavar bem as mãos ao entrar em contato com o paciente.

O período de incubação pode levar até sete dias e, mesmo depois de tratada e curada, a pessoa ainda pode transmitir o vírus pelas fezes, por quatro semanas.

Apesar de também aparecer em adultos, é uma doença mais comum em bebês e crianças pequenas, de 4 a 5 anos de idade. “Em crianças é até comum, mas não em adultos, que geralmente ocorre mais em pacientes com imunossupressão, tipo pacientes com HIV, ou que usam corticoides por tempo prolongado”, explica, Dra. Katia

 

Sintomas

Começa com febre, que pode ser alta, por até 3 dias, seguida de coceira na pele e o surgimento de pequenas bolhas e feridas pelo corpo. Os locais mais comuns são as palmas das mãos e pés, boca e garganta. É preciso levar ao pediatra ao surgimento dos primeiros sintomas.

Geralmente, por causa da dor na garganta, pode haver muita salivação e dificuldade para engolir. Outros sintomas também podem aparecer, como mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia.

 

E como é o tratamento?

Apenas com antitérmicos e antialérgicos para diminuir a coceira. E é preciso ficar de olho na hidratação da criança, pois as lesões dificultam a alimentação. Ainda não existe vacina para essa doença.

 

Recomendações do Ministério da Saúde

• Lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada
• Evitar contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar)
• Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir
• Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas
• Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos
• Durante o sintomas, e até o seu total desaparecimento (de 5 a 7 dias), é preciso afastar o paciente da escola ou do trabalho
• Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes. Para lavar: água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa)
• Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas