Especial Verão: saiba o que é melasma

Verão é tempo de praia, sol, mar e água de coco. A exposição excessiva ao sol, contudo, pode causar ou agravar uma série de problemas na pele, entre eles o melasma, doença que faz parte da vida de muitos famosos, como Ivete Sangalo e Cleo Pires.

De acordo com a dermatologista da clínica Osmilto Brandão Renata Brasileiro, melasma é uma doença sem cura e caracteriza-se como um distúrbio da pigmentação da pele, que resulta em manchas acastanhadas, geralmente, na região do rosto. Ela surge por questões multifatoriais, como tendência genética, hormonal, estresse e exposição ao sol. Sendo, também, mais comum nas mulheres consideradas em fase reprodutiva, entre 20 e 50 anos, e com apenas 10% dos casos em homens.

“A presença dos hormônios femininos a torna mais comum em mulheres, especialmente durante a gravidez, quando a placenta produz substâncias como a progesterona, que estimula a hiperpigmentação da pele”, explica a dermatologista.

A médica ainda informa que a enfermidade pode ser classificada em três tipos:

• Epidérmico – a mancha proveniente do distúrbio de pigmentação da melanina ocorre na epiderme, camada superficial e protetora;
• Dérmico – a mancha acontece na derme, considerada a camada intermediária da pele.
• Misto – o distúrbio de pigmentação ocorre na derme e na hepiderme.

O estudante de engenharia elétrica e professor de física Charles Silva faz parte dos 10% dos homens acometidos pela doença. Ele convive com o melasma há três anos e suspeita que surgiu por conta do estresse. “Na época em que apareceu a mancha, eu estava num momento de desgaste físico e psicológico atípico. Penso que a causa tenha sido de fato o estresse desta vida corrida”, relata.

Segundo o professor, o maior problema da doença é o incômodo estético, já que os tons das manchas causam contraste com o tom normal da pele. Ele também comenta que durante o verão e, consequentemente, com maior exposição à luz solar, as manchas na pele afloram, mesmo com o tratamento.

Tratamento

Por ser uma doença crônica sem cura, Dr. Renata explica que o tratamento do melasma deve ser contínuo, para o resto da vida, e pode sofrer modificações de acordo com a estação do ano. “Durante o verão, a depender do paciente, pode existir uma reformulação da receita do tratamento, adequando as concentrações dos ativos para que a pele não fique sensível ao sol”.

 

A especialista afirma que existem diversas opções de tratamento e tudo depende da necessidade do paciente. Eles envolvem desde procedimentos domiciliares - com uso de cremes clareadores com ácido e outros ativos, que agem tanto na diminuição do pigmento da melanina, quanto na renovação da pele, tirando a parte mais manchada - até tratamentos ambulatoriais com laser específico para melasma ou microagulhamento.

“É importante reforçar que todo tratamento está diretamente relacionado com a fotoproteção. Não adianta o paciente fazer todo o tipo de tratamento, desde os cremes até os laseres, e não ter fazer uso de um protetor solar prescrito pelo dermatologista, além de adotar outras medidas, como uso de chapéu”, adverte Renata Brasileiro.