O risco da obesidade para a hipertensão e outras doenças crônicas

Os quilos a mais na balança são fatores de risco para doenças crônicas como as do coração, hipertensão e diabetes, responsáveis por mais de 70% dos óbitos dos brasileiros, segundo o Ministério da Saúde.

E a hipertensão está relacionada com o peso corporal. Estudos clínicos mostram que pessoas com excesso de peso são frequentemente hipertensos, e que a perda de peso reduz a pressão arterial.

A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e a projeção é que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso, e mais de 700 milhões estejam obesos.

No Brasil, alguns levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, inclusive crianças - em torno de 15%.

Para estabelecer o peso ideal é necessário calcular o Índice de Massa Corpórea (IMC). É considerado obesidade quando o IMC for igual ou maior a 30, e sobrepeso de 25 a 29,90. Para calcular o IMC você multiplica sua altura por ela mesma e divide pelo seu peso.

 

Quatro passos fundamentais para a prevenção

 

 

O tratamento da obesidade envolve mudança de estilo de vida e para emagrecer a solução não é seguir uma dieta restritiva, e sim fazer uma reeducação alimentar, corrigindo hábitos alimentares errados - um dos fatores responsáveis pelo aumento de peso.

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) orienta quatro passos fundamentais para ajudar na prevenção da obesidade e doenças relacionadas, através de mudanças de hábitos no dia a dia:

Alimente-se melhor

Reduza alimentos com muita gordura, açúcar e sal, e tenha sempre frutas, verduras e legumes na alimentação diária, além de carnes magras, grãos integrais, castanhas, leites e derivados magros. Procure um nutricionista para orientar adequadamente. Seguir uma rotina com horários para cada refeição também é importante.

Não esqueça de beber água

Não espere ter sede. Quando você sente sede, quer dizer que o corpo já está desidratando. Beba água!

Movimente-se

O ideal é praticar atividade física regularmente, mas movimentar-se no dia a dia também é importante, e pequenas mudanças ajudam muito. Evite escadas rolantes ou elevadores – suba pela escada; de ônibus ou de carro, pare um pouco mais longe e vá caminhando; pedale, mesmo que seja em curtas distâncias, e reduza o tempo que fica sentado. A semana tem de 168 horas e com 2,5 horas de atividades físicas os benefícios já são valiosos.

Durma o suficiente

Estudos científicos mostram que dormir bem pode prevenir sobrepeso e obesidade. Quem dorme pouco, e tem uma qualidade de sono ruim, tem mais chances de engordar.

 

Promover ações e estratégias com o objetivo de deter a obesidade e doenças crônicas no país também é o objetivo do Governo Federal, com ações e estratégias através do Ministério da Saúde.

Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), já conseguiu retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados, e em 2011 lançou o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT).

O acompanhamento é feito através da Vigitel, sistema desenvolvido para o monitoramento de comportamentos de risco ou proteção para doenças crônicas na população das capitais brasileiras e do Distrito Federal.

Além disso, adotou, internacionalmente, metas por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional, além de publicações, projetos e plataformas:

• Plataforma Saúde Brasil (www.saude.gov.br/saudebrasil) ajuda pessoas dispostas a parar de fumar, perder peso e se alimentar melhor - três dos principais passos para ficar longe da pressão alta. A ferramenta tem o objetivo de aproximar a população às informações especializadas sobre promoção à saúde.

• Guia Alimentar para a População Brasileira, publicação que tem como objetivo promover informação para uma nutrição adequada e ajudar a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.

• Programa Academia da Saúde, com mais de 3.800 polos habilitados, incentiva a prática de atividades físicas.