Obesidade e doenças crônicas: a alimentação como aliada
Priorizar uma alimentação saudável é fundamental para a prevenção da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e problemas cardíacos. Veja as dicas para boas escolhas alimentares
A má alimentação é um dos principais fatores de risco para doenças e mortes no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, a alimentação inadequada tem um peso maior do que o tabaco, o álcool e a atividade física na determinação da doença nos brasileiros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), doenças como diabetes, câncer, e relacionadas aos aparelhos circulatório e respiratório, são responsáveis por 63% das mortes globais. No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis correspondem a 72% das causas de óbito.
Priorizar uma alimentação saudável é fundamental para prevenção da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e problemas cardíacos, mas o consumo de alimentos ultraprocessados vem aumentando no Brasil. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017/2018, houve uma queda no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados se comparado com os estudos de anteriores. Em contrapartida, houve um aumento do consumo de alimentos processados (de 8,3% para 9,8%) e ultraprocessados (de 8,6% para 18,4%). Isso acende o alerta para maior incidência de obesidade, diabetes e hipertensão.
Também aumentou o índice de obesidade, sobrepeso, diabetes e hipertensão. Entre 2006 e 2019, dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde mostraram maior prevalência de sobrepeso entre brasileiros (de 42,6% para 55,4%), de obesidade (de 11,8% para 20,3%), de diabetes (de 5,5% para 7,4%) e de hipertensão (de 21,6% para 24,5%).
Nas crianças acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS, 14,8% dos menores de 5 anos e 28,1% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso em 2019. Dessas, 7% e 13,2% apresentavam obesidade, respectivamente. Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2019, 27,9% e 9,7% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente.
ESCOLHA DOS ALIMENTOS
O básico arroz com feijão, acompanhado de uma salada crua, um vegetal cozido, carnes e, água para beber, é considerada uma refeição perfeita e deve ser consumida no almoço e no jantar.
Veja essas dicas para fazer boas escolhas alimentares:
- In natura ou minimamente processados: são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Exemplos: frutas, verduras, legumes, cereais como o arroz, farinhas, raízes e tubérculos como a mandioca, grãos como os feijões, carne resfriados ou congelados, ovos, castanhas, e leite pasteurizado;
- Produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza: usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Exemplos: óleos, gorduras, açúcar e sal;
- processados: produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado. Exemplos: legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães;
- Ultraprocessados: produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. Com pouca ou nenhuma quantidade de alimento in natura ou minimante processado na composição Exemplos: refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo.
Consulte o Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, e conheça, de maneira simples e descomplicada, as recomendações sobre hábitos saudáveis.
Fonte: Ministério da Saúde
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