Rede Ebserh realiza a primeira cirurgia de estimulação cerebral profunda para tratar Parkinson na Bahia.

Procedimento representa um marco no tratamento do Parkinson e reforça o papel da Rede Ebserh na medicina de alta complexidade.

 

A cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS, em inglês), é um dos tratamentos invasivos mais eficientes e seguros para a doença de Parkinson. A cirurgia não cura, mas na maioria dos casos controla diversos sintomas e melhora a qualidade de vida, com ganho de autonomia para o paciente.

“O DBS é uma terapia considerada avançada na doença de Parkinson. Assim como outras terapias, essa também não modifica a progressão da doença, mas traz uma melhora e maior controle de sintoma em fases mais moderadas e avançadas da doença. Através do implante desse eletrodo a gente consegue modular via estímulo elétrico, a circuitaria cerebral que está alterada e dessa forma modular também os sintomas motores da doença”, explica a neurologista Dra. Roberta Kauark, do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-UFBA/Ebserh).

 

Critérios para a cirurgia

Nem todos os pacientes do Parkinson necessitam da intervenção. Portanto, a seleção do paciente é feita inicialmente pelo neurologista, e depois submetida a uma avaliação multidisciplinar com neurologista, neurocirurgião e neuropsicólogo para avaliar a precisão da indicação e julgar o alcance dos benefícios do procedimento para cada caso.

 

Sobre a doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica caracterizada pela limitação motora. Esse distúrbio afeta os movimentos devido à degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle da mobilidade. 

É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer. “A prevalência varia conforme a faixa etária e a região, mas, em geral, estima-se que afete cerca de 1–2% da população acima de 60 anos e até 4% dos idosos com mais de 80 anos”, informa Dra. Roberta.

A especialista destaca também que a doença traz prejuízo à mobilidade, à independência funcional e outros transtornos, como dor, constipação intestinal, depressão e ansiedade, além de impactar no convívio social causado pelo tremor, pela lentificação e pela alteração de equilíbrio.

 

Sobre a Rede Ebserh

O Hupes-UFBA/Ebserh faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.  

 

Foto: Assessoria de Comunicação - Hupes-UFBA/Ebserh