Diabetes e hipertensão de mãos dadas

No Brasil, a diabetes e a hipertensão estão entre as principais causas de hospitalizações no sistema público de saúde, e a hipertensão arterial é duas vezes maior nos indivíduos diabéticos, se tornando um importante fator de risco para o envelhecimento vascular, que predispõe ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).

De acordo com o Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), 28% dos diabéticos já são hipertensos antes da confirmação da doença, e dados do Ministério da Saúde informam que 30% dos idosos têm as duas doenças e precisam de acompanhamento médico.

Por isso, foram definidos novos parâmetros para a hipertensão no diabético, que passa a ser 13/8, mais baixo do que o padrão aceitável para a população em geral, que é 14/9, segundo informação do Cedeba, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

 

A prevenção é muito importante

A cardiologista do Centro de Atenção Especializada da Sesab, Lucélia Magalhães, alerta que, para o tratamento da hipertensão, além dos medicamentos é muito importante seguir a prescrição médica em relação às doses e aos horários, e em relação à diabetes é importante ter atenção especial na alimentação.

“Uma alimentação adequada é muito importante para manter a glicemia controlada, porque o diabetes descompensado aumenta o risco de complicações vasculares”, explica a médica.

A alimentação deve ser pobre em sal e gorduras, e rica em fibras, e é recomendado também evitar os carboidratos simples, como os açúcares.

Para completar os cuidados que ajudam a controlar a glicemia e a hipertensão arterial, é importante a prática da atividade física, após a avaliação médica com teste de esforço para sinalizar o ritmo dos exercícios, e a conscientização sobre a adesão ao tratamento, uma vez que a hipertensão é uma doença crônica, cujo tratamento tem que ser continuado.

 

Veja o primeiro texto dessa série sobre Hipertensão